O cálvario que o médico enfrenta até provar sua inocência

@alemdadefesamedica

Por Caroline Fonseca

4/22/20251 min read

É muito comum que médicos enfrentem acusações, mesmo quando atuam com ética, responsabilidade e seguindo as melhores práticas.
Basta uma simples denúncia — muitas vezes infundada ou fruto de interpretações equivocadas — para desencadear um processo desgastante, complexo e profundamente impactante na vida do profissional.

O médico, que dedicou anos à sua formação e exerce uma das profissões mais nobres, passa a enfrentar:

  • Sindicâncias e Processos Éticos perante os Conselhos de Medicina;

  • Ações Civis, com pedidos de indenização que podem comprometer seu patrimônio;

  • Investigações Criminais, respondendo por condutas que jamais teve a intenção de praticar;

  • E, muitas vezes, a temida exposição midiática e julgamentos nas redes sociais.

O desafio de provar a inocência em casos de supostos erros médicos é enorme.
A pressão, o estresse constante, a insegurança e a complexidade jurídica exigem do médico uma resiliência extrema e uma defesa estratégica sólida.

Esse cenário, além de afetar sua carreira, impacta diretamente na saúde mental do profissional, que precisa continuar exercendo a medicina enquanto carrega o peso de acusações e incertezas.

Poucos sabem, mas, nesses casos, a sensação é de uma verdadeira inversão da lógica da Justiça: o médico precisa provar que não errou, mesmo tendo agido corretamente e dentro da técnica.

E esse caminho costuma ser longo, desgastante e, muitas vezes, solitário.

Enquanto isso, o profissional segue trabalhando sob pressão, receoso de novos questionamentos, e ainda lidando com o abalo emocional e financeiro que essas situações impõem.

Aos médicos que enfrentam ou temem enfrentar esse cenário, deixo um conselho sincero:

Estejam sempre amparados por uma assessoria jurídica especializada e contem com um bom seguro de responsabilidade profissional.
Além disso, cercar-se de pessoas que acreditam em você, buscar apoio psicológico e, principalmente, compreender que é preciso dar tempo ao tempo são atitudes fundamentais.

A verdade pode tardar, mas sempre prevalece.